Os amantes se amam cruelmente
e com se amarem tanto não se vêem.
Um se beija no outro, refletido.
Dois amantes que são? Dois inimigos.
Amantes são meninos estragados
pelo mimo de amar: e não percebem
quanto se pulverizam no enlaçar-se,
e como o que era mundo volve a nada.
Nada. Ninguém. Amor, puro fantasma
que os passeia de leve, assim a cobra
se imprime na lembrança de seu trilho.
E eles quedam mordidos para sempre.
deixaram de existir, mas o existido
continua a doer eternamente.
EU, NÃO PAREÇO, EU SOU.
Soa-me a familiar, mas não arrisco nenhum palpite! :*
ResponderEliminarAh, ah, ah, pois imagino!
ResponderEliminarDrummond de Andrade, mas precisei confirmar. :)
ResponderEliminarÉ um texto maravilhoso aliás
ResponderEliminarÉ de Drummond, mas não gosto deste poema.
ResponderEliminarNão ser a primeira dá nisto! Suspeitei ao ler mas confirmei nos comentários! :) **
ResponderEliminarAdoro Drummond de Andrade! O verdadeiro poeta do amor! :)