Tenho fome de ti... Daquelas que nos dá vontade de comer a
passa no ano novo a desejar-te.
Sim, vale a pena a ansiedade, sim, tenho fome de ti.
Não se pode dizer que não se gosta de um prato que nunca se
comeu. Sê o meu prato, a minha delícia e eu serei o que quiseres.
Tenho fome de uma paisagem ao fundo, de um querida pelo
meio, tenho fome de cair em ti e não em mim.
Num desacato entre a prudência e a emoção, que se dane a
prudência pois eu tenho fome de ti.
Fome de ti.
Preenche-me, expõe-te e sacia-me… Faz-me rir de prazer,
chorarei quando partires, sorrirei quando me lembrar de ti, do teu cheiro, do
teu mergulho em mim e daquilo que não se saberá. Como se sabe aquilo que é tão
desejado, sentido e amordaçado pelo silêncio que uma janela provoca.
Toca-me. Com mais força. Puxa-me para ti. Mais, mais toque,
funde-te comigo. Por uma tarde, uma hora, um minuto, dá-me uma história para
contar.
Além da de que já tenho. Tenho fome de ti e preciso que me
alimentes.
Usa-me.
Abusa de mim.
Mas dá-me um abraço no fim.
Tenho fome de ti!
Eu? Sou um mundo...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Odeio as almas estreitas, sem bálsamo e sem veneno, feitas sem nada de bondade e sem nada de maldade.Nietzsche
Deixa aqui algum bálsamo.