Eu não fui até a verdade
Mas a verdade veio até mim
Ela me assombrou de inicio
Mas me confortou em seus
braços
Há coisas que toleramos
Há coisas que queremos
extirpar de nossas vidas
Há paixões para as quais
construímos castelos de areia a beira mar
O mar possui a espada da
verdade e sob a luz do luar destrói castelos provando que é apenas areia
Tão húmida quanto os olhos
frente à verdade
Há monstros que tememos,
alimentamos como se fossem titãs.
Sombras que nos assustam
na madrugada
Ao acender a luz os olhos
doem frente ao que iluminado revela o ridículo absurdo
E na verdade não passam de
roupas amontoadas numa cadeira
Quantas tantas vezes
vivemos tão próximos ao dito paraíso
E com atitudes mesquinhas
criamos o próprio inferno
Criamos monstros
Construímos dificuldades
Empoderamos nossos medos
Muitas vezes sem nos dar
conta
Meus medos se afogavam nos
bares
Se perdiam em copos
E entre tantos porres
aprendi
Entendi que determinados
prazeres devem fazer parte de nossas vidas e não ser a razão da mesma
E é com dificuldade que
tento não me apegar as delicias da terra
Almejando o conhecimento
do que é puro e realmente satisfatório para a evolução do meu espírito
Mas fraquejo ao primeiro
trago
Que me leva ao primeiro
gole, primeiro tiro.
Primeiro riso fácil e
olhar cativante
Que me leva a qualquer
cama ou beco escuro
Regrido através de
instintos primitivos e vergonhosos
Pobres instintos que
pulsão em vão
De nada servem
E ao raiar o dia escurece
minha consciência com arrependimentos pesados
E voltam os monstros que
pelo prazer de mentira
Revelam a verdadeira face
do meu falho espírito
Tento acreditar que não
são monstros
São apenas sombras de
roupas amontoadas na cadeira
C.MEDEIROS
Eu, sou do mundo. Mas do outro...
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Odeio as almas estreitas, sem bálsamo e sem veneno, feitas sem nada de bondade e sem nada de maldade.Nietzsche
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