Absorve-me mas em várias fracções

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Não sei se concordo



Eu não fui até a verdade
Mas a verdade veio até mim
Ela me assombrou de inicio
Mas me confortou em seus braços
Há coisas que toleramos
Há coisas que queremos extirpar de nossas vidas
Há paixões para as quais construímos castelos de areia a beira mar
O mar possui a espada da verdade e sob a luz do luar destrói castelos provando que é apenas areia
Tão húmida quanto os olhos frente à verdade
Há monstros que tememos, alimentamos como se fossem titãs.
Sombras que nos assustam na madrugada
Ao acender a luz os olhos doem frente ao que iluminado revela o ridículo absurdo
E na verdade não passam de roupas amontoadas numa cadeira
Quantas tantas vezes vivemos tão próximos ao dito paraíso
E com atitudes mesquinhas criamos o próprio inferno
Criamos monstros
Construímos dificuldades
Empoderamos nossos medos
Muitas vezes sem nos dar conta
Meus medos se afogavam nos bares
Se perdiam em copos
E entre tantos porres aprendi
Entendi que determinados prazeres devem fazer parte de nossas vidas e não ser a razão da mesma
E é com dificuldade que tento não me apegar as delicias da terra
Almejando o conhecimento do que é puro e realmente satisfatório para a evolução do meu espírito
Mas fraquejo ao primeiro trago
Que me leva ao primeiro gole, primeiro tiro.
Primeiro riso fácil e olhar cativante
Que me leva a qualquer cama ou beco escuro
Regrido através de instintos primitivos e vergonhosos
Pobres instintos que pulsão em vão
De nada servem
E ao raiar o dia escurece minha consciência com arrependimentos pesados
E voltam os monstros que pelo prazer de mentira
Revelam a verdadeira face do meu falho espírito
Tento acreditar que não são monstros
São apenas sombras de roupas amontoadas na cadeira
 

C.MEDEIROS




Eu, sou do mundo. Mas do outro...

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Odeio as almas estreitas, sem bálsamo e sem veneno, feitas sem nada de bondade e sem nada de maldade.Nietzsche
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