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Que o cheiro a canela nunca lhe saia da cabeça nem o cheiro do Opium (perfume de há anos)... os meus cheiros!
Nem o óleo, nem a cassete (que, embora ele não saiba, era importante ir mudá-la).
Cauteloso como um gato escaldado, a presença dele, em mim, era como a do mundo a atravessar uma folha branca de papel.
Como poderia eu adivinhar? Devia ter ficado com ele desde o primeiro ano do curso mas o destino não quis…
Lisboa, claro. Onde mais poderia ser? No tempo, impossível de me situar mas acho que se pode considerar um céu com sol que, como sempre, por vezes se mistura com nuvens e algum frio mas agradável. Fim de estação.
Era o chão daquela sala e se este falasse não iria contar nada porque ele não gosta da sua intimidade exposta. Mas o chão conhece-o. E, curioso, a mim também.
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Um sentimento estranho que abre portas que não se sabe onde levam e, entretanto, andamos em círculos que não têm um fim à vista. Porque tudo na vida tem um fim com excepção para aqueles casamentos que duram 70 anos. Aquele cheiro, aquele sabor, mesmo com o sabor do tabaco, e aquele toque durarão enquanto um de nós existir. É o que eu conheço mais perto da perfeição.
A sério.
Poderia dizer que gosto mais dele do que da própria vida mas era mentir; Nem eu sei explicar o quanto, ou como gosto… só sei que gosto e pronto!
Dava-lhe tudo o que ele quisesse mas ele não me quis, tenho-o como amigo o que vale, quem sabe mais, do que o que eu na verdade quero.
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Odeio as almas estreitas, sem bálsamo e sem veneno, feitas sem nada de bondade e sem nada de maldade.Nietzsche
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