O touro vive uns 4 anos na
campina habituado à companhia de outros da mesma espécie em espaço largo e com
razoáveis condições. Terá já passado por momentos violentos de ferra, de tentas
É escolhido para a lide numa tourada. Com ou sem sedação, apartam-no violentamente,
com muito uso do bastão eléctrico, para uma manga e enfiam-no numa caixa
apertada onde mal se pode mexer. A ansiedade provocada pelo aperto cresce em
tremenda claustrofobia ao passar da liberdade e tranquilidade da campina para o
"caixote" onde fica confinado, violentamente afastado da companhia
importante dos outros bovinos a que o ligam laços emotivos. A seguir cresce o
pânico do transporte. Depois a espera, com pouco ou nenhum alimento e bebida.
Talvez sendo injectado, a ponta dos cornos será cortada, provavelmente, até ao
extremo vivo e muito enervado, ficando extrema e dolorosamente sensível ao
contacto. Para não sangrar, cauteriza-se a sangue frio. (Há touros que não
resistem a esta operação e morrem de acidente cardiovascular provocado pelo
sofrimento). Sofre outras acções destinadas a fatigá-lo, debilitá-lo,
retirar-lhe capacidade para a lide. Mais tarde, a condução ao curro escuro da
praça de touros. É empurrado a seguir para a arena (beco sem saída) suportando
logo o enorme alarido da multidão e da música ruidosa (para se sobrepor ao seus
berros), o que ainda mais o assusta, a visão ficando ofuscada pela luz do sol.
Depois a provocação, o engano, o cravar das bandarilhas/arpões, que o ferem e
magoam terrivelmente, através da pele, e não só, pois frequentemente também
aponevroses, alguns músculos, tendões, vértebras, espáduas e, por vezes, até
pleura e pulmão são atingidos, quando erroneamente cravado entre costelas. Tudo
isto o faz sangrar e sofrer, o enfurece, magoa, deprime e esgota. Cavaleiros ou
bandarilheiros massacram-no. Depois, exausto, fisica e psicologicamente,
segue-se a (ou as pegas) pelos forcados, A seguir é retirado com as “chocas”. É
amarrado e imobilizado por cordas em volta dos cornos. Brutalmente, tal como
foram cravados, os ferros são agora retirados sem anestesia, arrancados ou por
corte do couro.
No final de tudo isto, o animal é
metido no transporte, esgotado, ferido e febril, em acidose metabólica horrível
que o maldispõe e intoxica, até que a morte, habitualmente só alguns dias mais
tarde, o liberte de tanto sofrimento. Frequentemente fica, até esse momento,
encerrado em veículos de transporte num espaço exíguo, sabe-se lá com ou sem
alimento e água e submetido a elevadas temperaturas.
E ninguém, independente, pode controlar
isso.
PERCURSO DO CAVALO EXPLORADO NO
TOUREIO!
O cavalo sofre esgotamento e
terrível tensão psicológica ao ser usado como veículo, sendo dominado, incitado
e lançado pelo cavaleiro e obrigado a enfrentar o touro, quando a sua atitude
natural seria a de fuga e de pôr-se a uma distância segura.
À força de treino, de esporas que
o magoam e ferem, de ferros na boca e da barbela - corrente de metal à volta da
mandíbula, que o magoam e o subjugam, o cavalo arrisca morte por
síncope/paragem cardíaca, ferimentos mais ou menos graves e, até, a morte na
arena por ser atingido pelo touro.
OPINIÃO!
É difícil, senão impossível,
acreditar que toureiros e cavaleiros tauromáquicos amem touros e cavalos,
quando os submetem a violência, risco, sofrimento.
O mesmo se aplica aos
aficionados, que aceitam isso
Questiono-me. porque se continua
a permitir uma actividade que assenta na violência e no sofrimento público de
animais, legalizado e autorizado por lei e até apreciado, aplaudido e
glorificado por alguns?
Numa verdadeira democracia não
deveria ser permitida nem legalizada a tortura de animais.
PERGUNTA FUNDAMENTAL!
E senhoras e senhores Deputados
da Assembleia da República de Portugal o que acham e como vão votar? Pela
abolição ou pela manutenção desta terrível violência contra seres sencientes
(como os humanos) e indefesos e inocentes.
CONCLUSÃO:
Seres humanos (tauromáquicos) não
devem provocar a outros seres de sensibilidade semelhante (touros e cavalos),
sofrimentos a que os próprios agressores (tauromáquicos) não aceitariam ser
submetidos.
Porque é a desgraçada vítima dos
chamados humanos, “corrido” e torturado?
Para diversão de aficionados,
para o alimentar de egos e vaidades, para negociatas de tauromáquicos e no
prosseguimento de uma cruel e obsoleta tradição.
É mais do que justo e chegado o
tempo da abolição, o que só peca por tardar!!!
As importantes verbas que são
atribuídas no apoio à tauromaquia e as isenções que lhe são oferecidas, seriam
com justiça e utilidade, preferencialmente, utilizadas para mitigar imensas
necessidades!
A tauromaquia é uma
vergonha nacional.
Vasco Reis,
Médico veterinário aposentado
Aljezur
O poder da Natureza é infinito, eu sou natural.
BELO TEXTO, PODIA TER SIDO ESCRITO POR TI MAS SEI QUE NÃO É A TUA FORMAÇÃO. AINDA BEM QUE EXISTEM CONTRIBUIÇÕES DESTAS PARA PERCEBERMOS QUE, ALGUNS DE NÓS, HUMANOS, SOMOS UMAS GRANDES BESTAS
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