Absorve-me mas em várias fracções

terça-feira, 31 de julho de 2018

Dia do O

O que retardamos mas ansiamos
O que nos faz tremer , gemer, puxar cabelos... Vale tudo menos matar que nos presenteia com bons e belos orgasmos.



Eu, sou do mundo. Mas do outro...

Bom dia

O poder da Natureza é infinito, eu sou natural.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Ora vejamos...

Aurora..
Oh moça, aparece pá! 
Aquilo lá, não existem cremes de 2000 euros, monga, esfregaste o limão apenas numa parte do face fofa .

OFEREÇO-TE, DEVEM CUSTAR UNS 3000 EUROS E FAZES FIGURA TRISTE NA MESMA

Eu, sou do mundo. Mas do outro...

PK perto de mim, com fotos










Eu, sou do mundo. Mas do outro...

Do Paul a 20 metros de mim

Paul Kalkbrenner a 20 metros de mim, desde as 17:45 que estava à sua espera num spot bem bom no público, não saí dali até que ele entrou no palco, atraso 20 minutos (teve problemas no avião e veio pedir desculpas ao DJ que estava a engonhar e já ninguém o podia ver sem ser os bêbados e ganzados). Durante essas horas troquei um wrap por água, estava bom, estavam a lançar água com ventoinha ...

P Paul entra, começamos todos a bater palmas, alguns assobiam e eu? Eu? Eu olhei para trás onde tinha o Pinko e chorei. Era finalmente , não num monitor e ali, todos seus tiques, a sua música de excelência para quem gosta, ali!

O Pink, dado que mede quase 2 metros filmava, eu, eu cantei, eu pulei, eu gritei: "Dá-lhe Paulinho!", duas músicas que eram novas, eu não conhecia, limitei-me a olhar para ele a mexer nos 500 botões da sua mesa e choradeira outra vez...

Eu estava tão cansada, tão cheia de tudo e de nada que não dormi, não conseguia...

Eu, sou do mundo. Mas do outro...

Lindo !!!

O meu vídeo e as minhas fotos partilho amanhã

Verdade seja dita, chorei 3 vezes de emoção, gritei, cantei , saltei (lá se vai a rótula), nunca levei com tanto fumo de ganza na cara e vi pessoas espantadas por eu me emocionar... Mas quem cantava as músicas que tinham letra? EU!
AQUI o vídeo da noite




Eu, sou do mundo. Mas do outro...

domingo, 29 de julho de 2018

sábado, 28 de julho de 2018

terça-feira, 24 de julho de 2018

Directa para os spams que comentam mas nunca aprovo

MDM
Mentalidade de merda



Eu, sou do mundo. Mas do outro...

Em!



Eu, sou do mundo. Mas do outro...

E depois era amor


Metade tua e outra do mundo. De outro modo não resultaria; julgarias o mar onde nadas sem te cansares, onde matas a fome de mim e bebes de mim todos os afectos e tesão que te dou. Excito-te com a minha forma de falar de sexo, do meu sexo, do sexo dos outros e de como seria bom todos falarmos de sexo sem qualquer problema.
És único, não pedes, descreves, excitas, dominas, atas-me, lambes-me, torturas-me ... No fim, é uma guerra de titãs.
Não mandas, crias em mim a vontade de te fazer criar um cenário. E outro e mais outro. O mundo, esse é o meu outro lado, só para mim e para fugir ao banal.
 


Eu, sou do mundo. Mas do outro...
O poder da Natureza é infinito, eu sou natural.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

O teu sabor


Hoje o teu beijo vai saber a ti.
Hoje a tua língua vai ser caxemira.
Hoje o nosso suor vai ser canela.
Os nossos beijos vão ser brisas quentes, o roçar dos nossos corpos, cheiro a terra molhada.
O som do nosso amor será um arfar que lembra magnólia. Os teus ombros vão saber a papaya doce e no fim, o nosso sabor, o nosso cheiro, valerá tudo...


 

O poder da Natureza é infinito, eu sou natural.

Bom dia

O poder da Natureza é infinito, eu sou natural.

domingo, 22 de julho de 2018

Pedro Paixão

 ...

Era mais uma vez preciso safar-se e não há mais eficiente maneira do que a de alterar a estúpida e brutal realidade das coisas, usar como de uma arte essa extraordinária possibilidade que ele tão bem conhecia quando ainda não sabia que a mentira pode matar.

A cinza do cigarro caiu em cima da almofada branca deixando uma mancha que ficou a olhar. Agora era já tarde para tudo. Agora a verdade, mesmo que a soubesse dizer, seria cruel, inútil. Nada, nem ninguém poderiam impedir o caminho que conduzia à morte a pessoa que amava e o tinha feito, sim, tinha sido essa a última vez, tentar mudar de vida e acreditar, sim, fora essa a última vez, que as coisas iam correr bem. Mas não foi possível. Talvez tivesse sido possível antes de se apaixonar, mas antes de se apaixonar nem ele queria que as coisas fossem como não eram. Depois era já impossível. Depois de se apaixonar, e ele conseguiu reaver da memória o lugar e o tempo exactos, como numa fotografia, em que sentiu a paixão chegar e tomar conta de si, depois já não podia dizer a verdade. Dizer a verdade seria perdê-la, afastá-la para sempre o que não conseguia suportar porque a amava e a solidão não parava de crescer, de o sufocar. De qualquer modo seria já tarde demais, repetiu uma vez mais.

O que era preciso era continuar. Continuar a mentir o mais perfeitamente, sem qualquer deslize, usando todos os recursos da imaginação, mas agora sem o antigo prazer de derrotar a realidade, antes uma angústia cada vez maior a crescer-lhe no peito, o que o obrigava a procurar a alívio nos químicos que minuciosamente doseava, porque nada devia transparecer na sua cara que o pudesse trair. Era preciso mentir sobre a mentira e continuar. Sentia-se esgotado, mas a paixão fazia-o continuar. Se não há uma verdadeira vida também não pode haver uma verdadeira morte. Se calhar teria sempre de continuar. Este pesadelo fê-lo estremecer e abrir os olhos que julgava abertos. Escurecera. Procurou o interruptor do candeeiro e uma luz azulada encheu o quarto. Que horas seriam? Ela não devia tardar.

Levantou-se de um pulo, abriu as torneira do duche, foi à cozinha buscar um copo de água e, de pé, engoliu quatro comprimidos. Ele ia aguentar. Nada era verdade. A água corria. Ele tinha de continuar.