Deitados na relva, olhávamos as estrelas.
Deitados no carro, fazíamos o mesmo.
Era na Praia da Galé, no teu ou no meu carro. Não me deixaste tomar banho com medo dos violadores...
Quando não nos encontrávamos, esperava-te à porta de casa, se a luz da rua estivesse acesa, quando chegavas, dava-te sinal de luzes e íamos para o jardim em frente ao hotel Montechoro... A nossa ida a Espanha de mota, o nosso silêncio não incomodava, foste a única pessoa a quem contei o meu maior segredo que me acompanhou 10 anos, foste a pessoa com quem realmente ouvi música sem ser preciso falarmos. O teu quarto estava intacto, quando lá fui pela última vez, nunca mais subi aquela avenida, nunca mais olhei para a loja dos teus pais, lembro-me sim, que te foste há, 15 anos, lembro-me do teu aniversário, de irmos para a mesma faculdade, de ires um dia ter comigo, a 40 km, só para teres paz ao jantar e que sempre que comias pão com leite, tinhas que molhar o pão no mesmo. Continuas no meu coração, continuas aquele cujo silêncio não incomodava e tenho saudades, muitas. Num Sábado à noite, vi as ambulâncias, como iria eu adivinhar que eras tu se havias dito ir para casa e casa era no sentido contrário. Pedrito, está aqui, comigo!
NÃO SOU SUPERIOR, SUPERO-ME!
Lamento....muito mesmo.
ResponderEliminarUm beijinho muito grande.
Fê
saudades que o mant~em vivo, digo eu, beijoca e obrigada pelo carinho
ResponderEliminarEnquanto permanecerem no nosso coração, a morte não é o final.
ResponderEliminarÉ o que penso, Fernado. Platão, Picasso, Kant... não estão mortos.
ResponderEliminarUm beijinho