Autobiografia
Acordar
de noite. Não sentir a dor. Ficar quieto. À espera da dor. Respirar devagar.
Abrir os olhos. Primeiro um, depois o outro. Fechar os olhos devagar. À espera
da dor. Tu a chegares e depois a partires, a ires e a vires, a nunca ficares.
Acordar de noite. A meio da noite.
Ninguém a teu lado. Um braço, uma cabeça, um colo. Sem te mexeres. Não vale a pena. Ninguém a teu lado. Um braço, um sopro, um gesto. Ficar quieto. Não vale a pena mexer o teu corpo, como se fosse o teu. Ali a meio da noite. À espera da dor. Enquanto não vem, a pensar que não vem, que não há-de vir, melhor assim. Que vens e vais e nunca chegas para ficar, nem a partir. Não vale a pena esperar. Pelo menos esta noite a dor não vem. Sorrir. Abrir os olhos devagar. Primeiro um, depois o outro. Continuar a sorrir. Até a luz chegar. Até chegar. Continuar a sorrir. Até a doer voltar.
Ninguém a teu lado. Um braço, uma cabeça, um colo. Sem te mexeres. Não vale a pena. Ninguém a teu lado. Um braço, um sopro, um gesto. Ficar quieto. Não vale a pena mexer o teu corpo, como se fosse o teu. Ali a meio da noite. À espera da dor. Enquanto não vem, a pensar que não vem, que não há-de vir, melhor assim. Que vens e vais e nunca chegas para ficar, nem a partir. Não vale a pena esperar. Pelo menos esta noite a dor não vem. Sorrir. Abrir os olhos devagar. Primeiro um, depois o outro. Continuar a sorrir. Até a luz chegar. Até chegar. Continuar a sorrir. Até a doer voltar.
Sou uma força da natureza, não tentes destruir - me...
Belo e misterioso texto!
ResponderEliminarBeijos-
O Pedro escreve maravilhosas histórias, infelizmente fica ofendido com o facto de ser plagiado, apesar de usar nos seus textos imagens de outros sem a devida autorização.
ResponderEliminar