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A menina sentiu-se perdida no meio de um vazio que mais parecia um fumo negro que lhe passava pelos pés, enquanto as lágrimas lhe molhavam a face, as hípoteses iam desaparecendo. Era uma luta desigual, um silêncio que ela imaginava que era compreendido mas desiluda-se quem imagina que se compreende o nosso silêncio. A menina deixava de ser uma mulher e era um zero. Um zero daqueles bem à esquerda, mal entendidos, o peito parecia estar a ser esmagado como se um camião a estivesse a atropelar. No dia seguinte, as olheiras estavam lá, o peito, dorido, apenas lhe permitiu por uma t.shirt por cima e vestir um fato de treino para o trabalho. Não se preocupou com os 7 minutos que demoroua picar o ponto, não se preocupou com nada. A menina existia. Estava presente. mais uma cara, mais um almoço, mais um carro estacionado, mais um espaço ocupado.
NÃO SOU SUPERIOR, SUPERO-ME!
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Odeio as almas estreitas, sem bálsamo e sem veneno, feitas sem nada de bondade e sem nada de maldade.Nietzsche
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