Era só mais uma daquelas noites em que a companhia se misturava com o trabalho , sem qualquer problema. Eram esses pequenos pormenores que distinguiam uma relação com um cunho muito particular, num meio de muita liquidez de relações. Éramos 2 a falar de 3 , éramos a equipa do Domingo de manhã, das noites de Verão, naquele pequeno espaço, muitas conversas, muitos desabafos, muitas surpresas... Tu viste ...
Jamais questionei se o amor platónico um dia entrasse pela porta adentro, mas entrou. Era ele, aquele que eu via bem de longe e sorria, aquele que tinha todos os vícios dos quais eu não gostava: tabaco, álcool, drogas...
Mas era ele, a quem eu jamais negaria ajuda.Eu era agora uma divisão por 2, sem saber o que fazer com nenhum deles. Chegou a noite dos dois lado a lado, e eu assim o geri, nunca mudei a vida para um ou para outro.
Se uma era tão ali ao lado e me perguntava qual era o meu medo, o outro era a minha coragem. Soubesse eu o que sei hoje , estavas vivo, acima de tudo, vivo! Pois saber-te bem, era o meu sorriso, antes dos comprimidos e da corda, tinhas recorrido a mim! Eu aceitaria tudo para te ver , hoje, com mais 3 ou 4 que eu , no teu negócio, de longe ou perto.
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