A memória é uma deusa vingativa que se delicia em confundir
os mortais. A minha exige que recorde quem não fui e poderia ter sido. Não é
fácil.
Recordamos melhor o que decidimos fazer, por isso mesmo de o
termos feito. Esquecemos em geral o que decidimos não fazer, por não o termos
feito. Tendemos, erradamente, a valorizar mais a primeira do que a segunda
decisão, quando esta última pode ter sido da maior importância, maior do que
qualquer decisão que tenhamos cumprido.
A nossa vida é uma trama feita do que fizemos, por inércia
ou vontade, e do que não fizemos, por decisão ou incapacidade. Tenho poucas
dúvidas: o que escolhi não fazer teve mais valor do que o que escolhi fazer.
Nem que não fosse porque é mais difícil dizer não do que dizer sim.
– do último livro, Lembra-me de mim
O poder da Natureza é infinito, eu sou natural.
Um bom texto onde se vislumbram inteligentes trocadilhos.
ResponderEliminarDesejando uma noite de Paz e amor