Absorve-me mas em várias fracções

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Desejo paralisado

Chamas-me a tua casa e está quente e tu sério. Começas a juntar peças do que disse e passas a mão pela barba.
Silêncio.
Hesitação.
Adivinho que estás congelado mas depressa sorris quando digo que te estou a ouvir e vou entender. Ficas a saber que eu não faço amor, eu fodo . Dou os reais nomes às coisas. Na cama, sou uma puta, sem limites. Não é isso que todos os homens querem? Mas não têem. Com ar apreensivo ficas calado. Num gesto rápido, encosto - te a uma parede onde te sussurro :"a partir de agora é até onde nós quisermos."
E foi, estavas com alguém que engolia, que te arrebitava com uma frase ordinária na altura certa. Horas depois, um longo abraço, uma conversa e deixei a pergunta no ar " já te disseram que és um espetáculo?"
Tinhas sido.
Imagem minha sem direito a partilha 



O poder da Natureza é infinito, eu sou natural.

6 comentários:

  1. Belo texto.... direto ao ponto!
    Real...sei que isso aconteceu.
    Sei que não sou o felizardo!!!!
    Ótima crônica!!!

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  2. Bom dia. Existem homens de sorte. Fiquei imaginando.
    .
    Deixo cumprimentos poéticos.

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  3. Já não me sinto sozinho na alergia que tenho ao conceito de "fazer amor". E o toque final de "fazer o amor"?

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    Respostas
    1. fazer amor faz-se com olhares, com um abraço , cm mimos. Na cama? Não, obrigada

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Odeio as almas estreitas, sem bálsamo e sem veneno, feitas sem nada de bondade e sem nada de maldade.Nietzsche
Deixa aqui algum bálsamo.