Absorve-me mas em várias fracções

sábado, 18 de junho de 2011

Um aperto de mão e avós

Quando via o meu avô negociar qualquer coisa, por norma coisas que ele produzia, um sorriso, um aperto de mão e tinham o negócio fechado. Depois disso ainda havia tempo para um bocado de pão com presunto e um copo de vinho.
Honestidade, clareza... Notários? Contratos? Para?
Gostava daqueles dias em que quando entrava no carro para sair o meu avô perguntava se fazia falta "alguma coisa" (dinheiro), quando um dia me pus a estudar na cozinha para ouvir barulho de fundo e a minha avó fez 5 pratos diferentes e eu não conseguia comer ou dormir há 48 horas... Ligou para o meu pai e disse: "A minha neta não estuda mais, está a ficar louca com este exame"...
Para a minha avó, qualquer detergente em pó para a roupa, era Skip, mesmo ela sabendo que não era essa a marca, foi a única pessoa até hoje que fez quimioterapias para 2 cancros e tinha um cabelo forte, com volume, talvez por ter toda a vida lavado o cabelo com sabão azul e vinagre. Saudades...

EU, NÃO PAREÇO, EU SOU.

5 comentários:

Odeio as almas estreitas, sem bálsamo e sem veneno, feitas sem nada de bondade e sem nada de maldade.Nietzsche
Deixa aqui algum bálsamo.