Absorve-me mas em várias fracções

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Não sei mas quero, por Pink Poison





Não sei uma série de coisas que gostaria de saber. Mas penso que não preciso delas para viver, ou será que preciso de saber, onde, efectivamente começa e acaba a veracidade do termo “Infinito”? Ou de saber porque motivo a nossa melhor amiga olha imediatamente a seguir de lhe dizermos: “Ouve e por favor não olhes!” Não sei porque dou por mim a pensar para, depois adormecer, na maldade, na minha maldade sobre os outros e na maldade dos outros sobre mim. Se Kant fosse meu amigo, dava-me uma lição de moral mas a vida e muito menos a minha, não é perfeita. Uns tentam mais, uns tentam e outros apenas se deparam com a situação. Conheço ainda o “efeito-avestruz”, quem faz como Pessoa, não quer ver o mundo e enterra a cabeça no trabalho, num hobbie violento, na televisão e não a apanhar Sol, não resolver questões pendentes que crescem à sua volta. Quanto a mim, o mundo, as pessoas estão perdidas: o “Tudo bem?” do costume e o passeio ao Domingo à tarde. É típico mas não devia, na minha opinião, opiniões, saber se o Ministro foi corrupto... Meus amigos, se foi, está feito. Limitem-se a coisas à vossa volta, não voltem os olhos a um animal na estrada, não pensem que com saúde, trabalho e família, está tudo bem. Em determinada altura, trabalhava em 3 sítios e não tinha um dia de folga mas o Domingo, era uma folga: ia a pé, conhecia muitas pessoas de outras culturas e aprendi a tirar uma imperial quase perfeita. O sabor da altura: fanta limão, o homem da altura: um M, o carro da altura: o meu Vectra... A patroa, a ouvinte, a que falava comigo a que resmungava mas éramos amigas, e somos, apenas não nos temos visto. Era bom, e não quero folgas, basta-me umas horas de furo no dia, para as minhas coisas... Não sei bem, tomar decisões, escrever, ler, tratar da pele, caminhar na passadeira, ouvir os outros e resolver a vida deles... Esta sou eu agora, continuo a sair da minha alma e ouvir friamente os outros, tomar iniciativas, e eu vou fazer isso sempre... Sem Vectra mas com a mesma força de sempre. Quero enriquecer por dentro, quero chegar mais além, preciso ir a Leiria, quero ser gente e não um indivíduo, quer ser sempre eu sem a censura, quero cultura!

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Odeio as almas estreitas, sem bálsamo e sem veneno, feitas sem nada de bondade e sem nada de maldade.Nietzsche
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